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terça-feira, 10 de junho, 2025

Dia da Imunização: milhões ainda desconhecem direito a vacinas especiais no SUS

Além das mais de 20 vacinas oferecidas de forma rotineira pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em unidades básicas de saúde, o Brasil conta com centros especializados para atender pessoas com maior vulnerabilidade a infecções. Os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) oferecem imunizantes diferenciados ou doses específicas para pacientes com condições de saúde especiais, como diabetes, doenças cardíacas, pulmonares, neurológicas, câncer e imunodeficiências.

Apesar da importância do serviço, ele ainda é pouco conhecido — inclusive entre profissionais da saúde. “É fundamental que endocrinologistas, cardiologistas e outros especialistas saibam que seus pacientes têm direito a vacinas especiais”, alerta a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Mônica Levi. Segundo ela, o desconhecimento atinge tanto médicos quanto a população.

O jornalista Rodrigo Farhad, diagnosticado com diabetes tipo 1 há dois anos, é um exemplo disso. Apesar de manter a carteira de vacinação em dia, ele nunca foi orientado a buscar imunizantes específicos para sua condição. “Nem eu, nem meu filho — também diabético — recebemos essa recomendação fora do contexto da pandemia”, relata.

Entre as vacinas disponíveis exclusivamente nos Cries está a pneumocócica 23, que protege contra 23 tipos da bactéria pneumococo, responsável por doenças como pneumonia, meningite e sepse. O imunizante é indicado para pessoas com comorbidades graves e não está disponível na rotina geral do SUS — que oferece a pneumo-10, de alcance mais limitado.

Segundo Mônica Levi, a diferenciação existe porque infecções em pessoas com doenças crônicas podem provocar descompensações graves. “Alguém com imunidade comprometida não morre, muitas vezes, da doença de base, mas de uma infecção oportunista.”

Outro público atendido pelos Cries são os bebês prematuros. A assistente social Yngrid Antunes, mãe dos gêmeos Ísis e Lucas, nascidos com prematuridade extrema, conta que descobriu o serviço na unidade de saúde do bairro. No Crie da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, os filhos receberam oito vacinas com doses adaptadas ao peso. “O atendimento foi ágil e cuidadoso. Foi essencial para a saúde deles.”

Prematuros precisam de vacinas com componentes acelulares, mais seguros para o seu quadro delicado, diferentemente das crianças nascidas a termo. Os Cries também aplicam imunoglobulinas — anticorpos prontos para agir contra agentes infecciosos em casos de risco elevado, como recém-nascidos expostos ao tétano ou vítimas de violência sexual com risco de hepatite B.

Desde fevereiro de 2025, os Cries são coordenados pela nova Rede de Imunobiológicos para Pessoas com Situações Especiais, que visa garantir a disponibilidade dos imunizantes especiais e capacitar profissionais do SUS.

A Sbim e o Ministério da Saúde mantêm publicações com diretrizes detalhadas sobre as indicações das vacinas especiais, disponíveis para consulta online por profissionais e pacientes.

Com informações Agência Brasil

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